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  • Foto do escritorBeto Ruschel

DEVORANDO DOCUMENTÁRIOS

Minha televisão vai muito tempo é netflix. Globo, record, GNT, SporTV, SBT são miragens. Primeiro porque dá uma preguiça mental só de pensar em chamar alguém para escalar nosso telhado, puxar o fio da parabólica (ainda temos uma daquelas gigantes de fazer contatos imediatos) e ter que pagar por isso tudo... Quando preciso me atualizar sobre tragédias e visões apocalípticas sobre o futuro, busco nos sites de notícias. Se tivesse mais verba disponível, assinaria outros streamings para ter mais variedade, mas, no geral, sou bem feliz com o que a netflix oferece.


Principalmente no que se refere a documentários. Mais especificamente documentários sobre música, artistas e bandas. Assisti “Por que a gente é assim?” (Barão Vermelho), “Como os Beatles mudaram o mundo” (óbvio), “Rolling Thunder Revue” (Bob Dylan), “O barato de Iacanga” (festival de música de Águas Claras/SP) e “O início, o fim e o meio” (Raul Seixas). Recomendo todos! Cada qual por suas razões específicas, mas todos pela mesma razão: enriquecimento cultural. Vou deixar algumas impressões sobre eles e espero contribuir na decisão pelo play naquelas noites sem inspiração sobre o que assistir.


POR QUE A GENTE É ASSIM?

O documentário começa um pouco devagar, mas melhora. Cazuza, obviamente, ganha grande destaque, mesmo que não possa ser seu próprio porta-voz, então se fica prisioneiro das visões de cada um dos integrantes. De qualquer maneira, Barão Vermelho é uma grande banda de rock brazuca (com ou sem Cazuza) e merece uma atenção mais aprofundada.



COMO OS BEATLES MUDARAM O MUNDO

Eu e meus irmãos presenteamos nosso véio Ruschel com um box da Antologia dos Beatles. Documentário completo sobre surgimento, ascensão, ápice e término da banda de rock mais influente de todos os tempos. A narração dos fatos é feita pelos próprios Fab Four. Assisti inteiro (5 Dvds) umas duas ou três vezes. Este documentário da Netflix, entretanto, não tem a participação direta dos Beatles, a não ser em algumas entrevistas. É feita uma análise por diversas pessoas que viveram aquela época. Fossem próximos ou não tão próximos aos Beatles. Mais uma ótica que impressiona ao reativar essa percepção do quanto esses ingleses deixaram suas marcas definitivas na história.



ROLLING THUNDER REVUE

Dei o play sem querer neste documentário (sério) e não me arrependo. O Sr. Bob Dylan é uma figura muito misteriosa e excêntrica. Nunca tinha parado de fato para prestar atenção em suas músicas e letras, com exceção de “Blowin’ in the Wind”. Ele tem o dom de contar histórias com seu violão. Faroeste Caboclo é fichinha perto das fábulas que o Dylan canta. O filme narra o desenvolvimento da turnê Rolling Thunder Revue em que Bob Dylan, já com certo renome, e mais um punhado de artistas ganham a estrada entre 1975 e 1976. Estádios para 20 mil pessoas? Não! O objetivo era pequenas cidades e pequenos públicos sem muito aviso prévio.


O BARATO DE IACANGA

O festival de música de Águas Claras/SP ficou conhecido como o Woodstock brasileiro. O documentário é sensacional. Dei o play por indicação do amigo Sid Geremia (Sid Folk). Ele me questionou sobre meu parentesco com o Beto Ruschel, que aparece no documentário. Sempre recorro ao meu pai nessas horas, mas escrevendo aqui acho que não esquecerei tão cedo. O Beto do documentário é primo em segundo grau do meu avô, ou seja, primo em terceiro grau de meu pai e meu primo em quarto grau. Dividimos o mesmo nome de guerra, mas ele é Alberto e eu sou Roberto. Voltando ao documentário, o barato da história é como uma coisa improvisada pode dar tão certo e, depois, com patrocinadores e poderio econômico fracassar e naufragar de maneira tão retumbante. Dê o play também e decida.



O INÍCIO, O FIM E O MEIO

Raul não é e não pode ser somente um meme. Gritar “toca Raul” em meio a qualquer apresentação de qualquer artista brasileiro passou pela fase protesto, chegou ao estágio chato e ridículo, para então começar a ser substituído por “Toca do fundo da grota” (isso merece uma coluna). Para pedir com propriedade qualquer música do Raul ao esforçado tocador do bar ou festa que você está se divertindo, é preciso assistir a este documentário. Entender o que o Raul representou e representa para o rock e a música brasileira é um passo importantíssimo para deixar de gritar “toca Raul” e definitivamente ouvir Raul com novos e atentos ouvidos em seu Samsui Garrard Gradiente.



Espero que goste das dicas. Se já assistiu algum, comenta e deixa tuas impressões para quem ainda não assistiu. Se tem alguma dica de outros documentários, serão muito bem-vindas.


Grande abraço.


Beto Ruschel

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